quinta-feira, 5 de junho de 2025

ABRAÇANDO A MADRUGADA!

 


Abraçando a madrugada


colho as cerejas
no sorriso da árvore;
à noite conto estrelas
que me prometem um pedaço de céu.

Como uma rainha
coroada de estrelas
e brincos de cereja feita princesa
de novo sou uma menina
reinventando sonhos à janela.

Bernardete Costa

segunda-feira, 19 de maio de 2025

EM MAIO!




Quem
como eu
em silêncio tece
bailados, jardins e harmonias?

Quem
como eu
se perde
e se dispersa
nas coisas
e nos dias?

Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 4 de maio de 2025

ÀS MÂES! FLORES!


Era uma vez uma menina
Que encontrou um ninho.
O ninho tinha lá dentro um passarinho
Que não dormia, com falta da mãe.
Então, a menina, que sabia o que é ser pequenino
E sentir falta de alguém,
Pediu ao passarinho que desse um jeitinho
E deitou-se também.
Ruth Toledo

domingo, 20 de abril de 2025

TEMOS A CERTEZA!




Sim, temos a certeza: verdadeiramente Cristo ressuscitou. 
Acreditamos em Vós, Senhor Jesus, acreditamos que convosco renasce a esperança, o caminho continua. 
Vós, Senhor da vida, encorajai os nossos caminhos e repeti, também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: «A paz esteja convosco.»

Papa Francisco

quinta-feira, 3 de abril de 2025

MAR!








De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Cheiro a terra as árvores e o vento
Que a Primavera enche de perfumes
Mas neles só quero e só procuro
A selvagem exalação das ondas
Subindo para os astros como um grito puro.

Sophia de Mello Breyner Andresen


domingo, 16 de março de 2025

NASCER TODAS AS MANHÃS!









Apesar da idade, não me acostumar à vida.
Vivê-la até ao derradeiro suspiro de credo na boca. 
Sempre pela primeira vez, com a mesma apetência, o mesmo espanto, a mesma aflição. 
Não consentir que ela se banalize nos sentidos e no entendimento. 
Esquecer em cada poente o do dia anterior.
Saborear os frutos do quotidiano sem ter o gosto deles na memória. 
Nascer todas as manhãs.

Miguel Torga.

sábado, 1 de março de 2025

LÍRIO ROXO.


     


                                                     
Para julgar, difícil coisa fora,
No céu vendo e na terra as mesmas cores,
Se dava às flores cor a bela Aurora,
Ou se lha dão a ela as belas flores.
Pintando estava ali Zéfiro e Flora
As violas da cor dos amadores;
O lírio roxo, a fresca rosa bela,
Qual reluz nas faces da donzela;
 

Luís de Camões, canto IX.61

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

À MINHA IRMÃ.






Hoje chove
Hoje chovem as águas frias que ontem o calor do sol evaporou dos mares.
Hoje chove, estão cinzentos, negros, pardacentos, os minutos dos nossos dias.
Hoje chove, mas o mar ainda guarda os restos de sol de ontem, do outro verão.
Hoje chove a água do mar que ainda ontem olhavas e sorrias.
....

Bigorna (VII6025II)




terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

VIVA A INÊS!






Fazer 4 anos!!!

Para ti, hoje e sempre, desejo 
Alegria
Sorrisos
Ternura
E muito contentamento!
Feliz dia!

sábado, 18 de janeiro de 2025

UMA CHÁVENA COM CAFÉ.

Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

EM AMARELO!




Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo morámos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.


Adélia Prado

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

NASCEU O REDENTOR!







O Natal! 
A própria palavra enche nossos corações de alegria.
Não importa quanto temamos as pressas, as listas de presentes natalinos e as felicitações que nos fiquem por fazer.
Quando chegue no dia de Natal, vem-nos o mesmo calor que sentíamos quando éramos meninos, o mesmo calor que envolve nosso coração e nosso lar.

Joan Winmill Brown