Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira.
Pablo Neruda
Caio Fernando Abreu
Maio maduro Maio, quem te pintou
Numa rua comprida El-rei pastorVende o soro da vida que mata a dorAnda ver, Maio nasceu,Que a voz não te esmoreça a turba rompeu
Zeca Afonso
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
Sophia de Mello Breyner Andresen