Há aqueles que não podem imaginar o mundo sem pássaros; Há aqueles que não podem imaginar o mundo sem água; Ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros.Jorge Luís Borges
Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança.
Era verde a sombra das árvores no pátio da escola. Eram verdes os trigais pejados de papoilas. Eram verdes os pássaros que traziam um prado colado ao voo rasante, nas tardes de verão. E os rios tão verdes. Tão verdes as águas. Tão verdes os peixes. Tão verdes os barcos invisíveis. Tão verdes as mãos com que agarrávamos o tempo.
Se puderes Sem angústia E sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade. E, nunca saciado, Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças…
....Para haver Natal,este natal talvez seja preciso recordar que as vidas começam e recomeçam e tudo isso é nascimento (logo, Natal!).
Que as esperanças ganham sentido quando se tornam caminhos e passos. Que para lá das janelas cerradas há estrelas que luzem e há a imensidão do céu.
Talvez nos bastem coisas afinal tão simples: - o alento dos reencontros autênticos, - a oração como confiança soletrada, - a certeza de que Jesus nasce em cada ano, para que o nosso natal alguma vez, esta vez, seja NATAL.
Para atravessar contigo o deserto do mundo Para enfrentarmos juntos o terror da morte Para ver a verdade, para perder o medo Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo Minha rápida noite meu silêncio Minha pérola redonda e seu oriente Meu espelho minha vida minha imagem E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro Sem os espelhos vi que estava nua E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste E aprendi a viver em pleno vento
Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava... .........
"Quem sabe ele voltará amanhã..."
E assim dormia e sonhava com a alegria do encontro. Ruben Alves