És Tu quem nos espera
Nas esquinas da cidade
E ergue lampiões de aviso
mal o dia se veste
de sombra
Teu é o nome que dizemos
se o vento nos fere de temor
e o nosso olhar oscila
pela solidão dos abismos
Por Ti é que lançamos as sementes
e esperamos o fruto das searas
que se estendem
nas colinas
Por Ti a nossa face se descobre
em alegria e os nossos olhos parecem feitos
de risos
É verdade que recolhes nossos dias
quando é outono mas a Tua palavra
é o fio de prata
que guia as folhas
por entre o vento
José Tolentino Mendonça
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
FLORES, MUITAS!
Ela é rara, moço,
rara do tipo
que não se encontra
perdida por aí,
Rara,
quando escolhe Jobim
durante a noite para ouvir,
Tão rara,
que com um único sorriso
também te faz sorrir,
Ela é rara, moço,
do tipo que fica
até mesmo
depois de partir.
Stanley Menezes
rara do tipo
que não se encontra
perdida por aí,
Rara,
quando escolhe Jobim
durante a noite para ouvir,
Tão rara,
que com um único sorriso
também te faz sorrir,
Ela é rara, moço,
do tipo que fica
até mesmo
depois de partir.
Stanley Menezes
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
PETÚNIAS - CEM!
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Ferreira Gullar
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Ferreira Gullar
domingo, 8 de setembro de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
PONTE DA MINHA ALDEIA.
Ponte românica de seis arcos perfeitos, em granito, sobre o rio Noémi.
Apesar de ser popularmente designada ponte romana, é provável que seja da segunda metade do século XIII.
A primeira referência escrita ao topónimo Cerdeira, sinónimo regional e arcaico de cerejeira, data de 1229.
Trata-se do primeiro foral de Castelo Mendo, concedido por D. Sancho II. Na descrição dos limites do novo concelho, em terras conquistadas aos árabes em meados do século anterior, é designado o Cabeço da Cerdeira, entre Porto Mourisco e o Cabeço do Homem.
Na primeira metade do século XIII, D. Afonso III concedeu foral à Cerdeira, a 1 de maio de 1253.
Wikipédia, enciclopédia
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quarta-feira, 24 de julho de 2013
COSMOS DO MEU JARDIM
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós
E, entretanto, dar flores.
António Gedeão
quarta-feira, 10 de julho de 2013
GIRASSOL Á JANELA
Pinta de anil
Todo o céu
O girassol
Fica um gentil
Carrossel.
.....
E o girassol vai girando dia afora...
O girassol é o carrossel das abelhas
Vinicius de Moraes
domingo, 30 de junho de 2013
QUIETUDE.
Falta-me desvendar a quietude
Preciso também domar a ansiedade
Necessito esperar
Careço ainda de pacificar
Abrindo o coração, sobretudo.
Meu espírito agindo em meu pensar
Ainda falta-me aprender quase tudo;
Se tudo eu precisar.
Devo então nesse estudo me aprofundar.
Brenon Salvador
Preciso também domar a ansiedade
Necessito esperar
Careço ainda de pacificar
Abrindo o coração, sobretudo.
Meu espírito agindo em meu pensar
Ainda falta-me aprender quase tudo;
Se tudo eu precisar.
Devo então nesse estudo me aprofundar.
Brenon Salvador
segunda-feira, 17 de junho de 2013
CEREJAS.
Com cerejas enfeitava as orelhas
...sentia-me uma princesa.
...Tranco o portão da memória,
para não esquecer.
Natalia Nuno
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