quinta-feira, 28 de maio de 2015

DUAS CEREJAS.


Como uma cereja e,
Comendo a cereja, o meu corpo
Pede as cerejas todas do mundo,
Mas não posso comer as cerejas todas do mundo
...
Assim, como uma cereja
E deixo o gosto de a comer
Ficar em mim pelo gosto
De todas as cerejas que possa haver.
Uma cereja como todas as cerejas,
Uma cereja por todas as cerejas.

Manuel Resende

2 comentários:

  1. Maio é um mês sortudo
    Tem flores à janela
    Cerejas lindas e tudo
    No quintal e na tela
    Como estas, sobretudo…
    Jinho

    ResponderEliminar
  2. Poesia bonita!
    Apesar de os melros visitarem com regularidade as cerejeiras mal os frutos começam a pintar,este ano deixaram-nos algumas!
    Tudo, talvez, porque o gato pata-branca gosta de"lançar a fisga" aos passarinhos e, apercebendo-se da visita regular destes ás cerejeiras,montou guarda.
    Nos anos anteriores,bandos de estorninhos, poisavam nas cerejeiras e de um para o outro,banqueteavam-se com todos os frutos! Este ano não os vi! Devem ter encontrado outras melhores, pelo caminho!
    Beijinhos

    ResponderEliminar