Tenho quarenta janelas,nas paredes do meu quarto,
sem vidros nem bambinelas,
posso ver através delas,
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do sol, por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas, que andam no céu a rolar.
...
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança, de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala, à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa.
sem vidros nem bambinelas,
posso ver através delas,
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do sol, por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas, que andam no céu a rolar.
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Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança, de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala, à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa.
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António Gedeão
António Gedeão